L'affection est révolutionnaire


Você sabia que os índios sonham diferente?
Eles sonham com a unicidade, sendo e compartilhando do todo enquanto nós, ocidentais, sonhamos tão somente com nós mesmos. Qual a importância de se ver como um ser conectado ao todo e não descolado do resto? Numa estrutura onde somos impelidos a pensar sempre em nós mesmos em primeiro lugar, à competitividade e envoltos por um discurso meritocrático talvez a empatia e a conexão sensível com outros corpos seja realmente encarada como um defeito.
É incômodo ter que conviver com o julgamento alheio mas, aqui vai uma dica: nada do que você fizer vai ser suficiente para todo mundo. Queremos um mundo com mais amor e cuidado mas tememos sermos julgados como fracos ou vulneráveis quando amamos e nos damos. Nunca vamos ser absolutamente bem interpretados pelos outros porque só quem sabe exatamente o que se passa em nossas mentes (e corações) somos nós mesmos, e isso é positivo porque quem tem que saber se essas atitudes condizem com nossas visões de mundo somos nós, mais ninguém. Se desprender das amarras do julgamento alheio faz parte, essencialmente, da reestruturação do mundo que almejamos; caso contrário nunca saímos do lugar.
A cada novo passo quem não entende continuará sem entender - e consequentemente se afastará pelos preconceitos totalmente compreensíveis numa sociedade que dá tanto espaço para o pré julgamento -, preso nos medos e na insegurança. Quem compreender, no entanto, vai ser aproximar, admirar e, quem sabe, promover a mudança dentro de si e consequentemente no ambiente ao redor.
Efetuar a mudança é um processo que começa dentro, tratar bem o morador de rua ou o trocador do ônibus são pequenas coisas que fazem a diferença na nossa própria sensibilidade e na dos outros. Num mundo onde o individualismo reina para sustentar um sistema econômico que segrega as pessoas, distribuir sorrisos, abraços e valorizar as companhias são atitudes transgressoras. Se envolver com os outros (mesmo que momentaneamente), ouvir e trocar carinho são parte de uma revolução que começa dentro de nós e só semeia coisas boas no nosso entorno.
Pois então, o afeto é revolucionário. Não temos que temer o outro, não há o que temer. Há que se preocupar com a insensibilidade e o egocentrismo mas essas são coisas facilmente desarmáveis quando o encontro com o próximo se dá de coração aberto - e, sim!, mesmo que só de uma das partes. Faz parte da luta por menos desigualdade tratar as pessoas com mais carinho, menos orgulho e mais amor, porque somos fortes pra caralho quando amamos.

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