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Affichage des articles du octobre, 2011

Verbe

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É absolutamente visível toda essa particularidade sua, absurda e toda essa dor corrosiva esse medo longínquo de se encarar de frente É comparável à minha talvez auto-crítica física invisível inexistente materialmente, mas de forma ou outra existe, dentro, afundada nas entranhas relembrada religiosamente É compreensível e até adorável mas de sentimentalismo e delicadeza, o mundo não quer mais nem ele nem gente gente assim, eu, e é dessa delicadeza morta desse sentimentalismo falso de todo esse amor perfeccionista e essa falta do verbo amar Porque se fala de amor se fala de querer e de gostar mas não se fala do verbo amar, não é proveitoso não é bonito o suficiente não é egoísta o bastante e o amor é esse amor mesquinho a paixão incandescente doentia recalcada com os olhos nas almas alheias com a mente nos sorrisos terceiros nos montes de mentiras que sabem todos sua cruel realidade Fale comigo do verbo amar não do amor louco, fogo, paixão e devoção eterna, diga só que pretende ama

Sobre humor e políticos

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A cada dia que passa parece que mais se polemiza a infelicidade no comentário de Rafinha Bastos no último CQC em que ainda estava como apresentador. Vejo com muita freqüência montes de imagens e gente discutindo o assunto em sites como o Facebook e sites de notícia. Mas, afinal, o que causou tanto rebuliço assim?                Teoricamente, a frase que teria desencadeado tudo isso seria ele se referindo à Wanessa Camargo grávida: “Eu comeria ela e o bebê”. O marido da então cantora teria um certo poder em relação a Band e ameaçou tirar dinheiro que tinha investido ali. O canal tirou imediatamente o humorista do canal e daí surgiram todos esses “movimentos” virtuais criticando ou apoiando Rafinha. O ponto principal disso tudo não é esse exclusivo comentário relacionado à Wanessa Camargo e seu maridão rico. É óbvio que ele só foi retirado do programa porque tinha muito dinheiro e poder envolvido nisso tudo. As pessoas se esquecem, no entanto, que há algum tempo atrás – papo de

Prendre soin de soi

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Às vezes é impressionante o quanto a vida muda em questão de segundos. Um segundo você está voltando pra casa de moto, no outro está sem um dedo. Um segundo você está trepando, no outro está grávida. Um segundo você está sóbrio, no outro entrando em coma alcoólico. Talvez as decisões mais importantes da vida sejam tomadas em segundos: é o "não, vou respeitar a sinalização" ou o "não, querido, se não tem camisinha a gente deixa pra lá" ou até o "parei de beber, já foram três cascos". E não adianta o pensamento "pós-merda" do tipo "ah, mas eu pensei em fazer isso", "poxa, mas eu quis agir dessa forma", "não, é que estavam forçando muito a barra" porque depois não tem mais volta. Fico impressionada com o quanto decisões sérias são vistas como desnecessárias em várias ocasiões. Afinal, é chato pra caralho ficar colocando capacete e demorar mais tempo pra chegar em casa por conta da sinalização correta, ou esperar o mo