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Aimer

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Eu não entendo quem sente pela metade. Quando eu sinto, sinto tudo, sinto (o) todo. O estômago embrulha, eu quero estar, quero ser. Me dá aquela aflição desesperada, aquele aperto no peito - a respiração prende involuntariamente. Gostar não é só gostar, é se apaixonar loucamente, perdidamente, entorpecidamente. É implodir, despedaçar, estalar a vontade, potencializar o devir. O encontro com o outro é sempre uma orgia de sensações que me comem de dentro da fora. E o aperto é proporcional a vontade de tocar, de olhar, de derramar as palavras, de trocar as vibrações angustiadas para que deem forma ao amor. Que delícia! Encontro pessoas assim o tempo inteiro; furtivamente me embalam. Como pode? Se apaixonar tanto todos os dias por tantas pessoas. E o que fazer com essa sensação de querer estar perto sempre? Ai, pra isso as viagens. Esse aconchego de se estar perto o tempo inteiro, de se conhecer, de brigar, de beijar, fazer as pazes, abraçar forte, brincar com os corpos, com os ol