O que aprendi sobre términos

Acho que a parte mais difícil, mas também a mais importante, dos términos é conseguir ter material o suficiente para entender seus padrões, qual é o seu calcanhar de aquiles nas relações.
O que descobri sobre mim é que sou bastante teimosa. Obcecada. Muito autocentrada. Abraço meus demônios e às vezes me apego à eles.
Descobri que meu coração é meu grande guia e que sempre que ando em desalinho com ele, me perco nas desventuras da agonia. Me perco em mim.
Descobri que sou excelente em demarcar meu próprio território, em mandar, em estabelecer limites.

É difícil escrever, assim, tão cruamente, as partes ruins que percebo em mim. Porque sei que equilibro muitas dessas características com parceria, comunicação e escuta verdadeira, mas não consigo deixar de pensar que o que "deu errado" nos meus relacionamentos foi exatamente minha caça constante por liberdade, pelas as coisas que acredito, por caminhar na rota que indica meu coração.

Para mim, sempre teve espaço para encontrarmos um caminho conjunto, mas era absolutamente essencial que eu comunicasse claramente meus desejos, limites e vontades. E, além de comunicá-los, vivia-os plenamente. Mas nunca me abandonei, nunca deixei de viver para me submeter aos desejos do outro. Posso ter me desdobrado em muitas, ter tentado milhares de artimanhas, ter até tentado me caber em algumas caixas, mas a dor do meu coração sempre me guiou para ser livre, pulsante e firme. Mesmo que minha razão me guiasse para fazer agradar parecia que meu corpo, e que minhas atitudes, me levavam para viver meus desejos em sua totalidade.

Sinto, sinceramente, que nunca larguei a mão dos meus parceiros. Sinto que sempre estive ali para encontrar um caminho em comum, sinto que sempre deixei a comunicação pulsante e atenta para todos os conflitos, mas talvez não tenha sido o suficiente. Talvez me falte mais carinho? Mais claramente demonstrar que estou jogando junto, que não quero me moldar, mas também que isso não significa abandonar tudo?

Com meu primeiro namorado, foram as viagens e a descoberta do mundo, com meu primeiro marido, foi viver em outro país e querer construir minha nova carreira, com meu último namorado, foi a clareza da liberdade que quero experienciar como ser humano, com minha última namorada, foi saber claramente que queria uma relação leve, sem amarras e sem expectativas irreais.

Mas, então, o que fiz errado em todas essas situações? Ou será que não há um certo e errado e simplesmente elas não teriam que acontecer porque, provavelmente, estaríamos infelizes convivendo até agora?

Me sinto mais livre do que nunca. Mais atenta do que nunca, também. O amor é a coisa que mais me trouxe alegria e sabedoria na vida, mas também a que mais me fez sofrer. Não tenho medo do sofrimento, quero que aconteça quantas vezes mais tiver que acontecer. Me sinto ainda um titã, e sinto que posso amar cada vez mais e que queda nenhuma vai me tirar a maior alegria de estar vivo, que é poder amar e ser amado.

A única diferença aqui é que incluo, categoricamente e consistentemente, meus amigos e família. Agora o intuito é dedicar a maior parte desse amor pra nutrir os laços com eles e, se os romances acontecerem, que aconteçam integralmente! Como sempre foram.

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