"Repetiu alto:

- Não, não, não é a minha vontade!
Persuadira-se de que essa era uma frase mágica que transformaria a situação imediatamente, mas nesse quarto as palavras perderam o poder mágico. Creio até que encorajaram o homem a mostrar-se ainda mais decidido: apertou-a contra o corpo e colocou a mão em seu seio.
Coisa estranha: esse contato libertou-a logo da angústia. Como se, com esse contato, o engenheiro tivesse descoberto seu corpo e ela tivesse compreendido que o que estava em jogo não era ela (não era sua alma) mas apenas seu corpo. Esse corpo que a traía e que ela havia expulsado para longe de si, para o meio de outros corpos." Kundera

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