Le coeur brisé

 

Como o amor pode florescer de um coração partido?
Fico me perguntando se cresce pelas ranhuras, ou se abraça as feridas como uma trepadeira. Talvez germine pela parte mais superficial e tenha mais raízes do que caule, remendando os cortes.
Acho que o processo de cura das feridas depende de inúmeros fatores, mas tenho certeza, também, que um novo amor tem a receita do adubo certo pra agilizar a cicatrização.
Ainda mais o amor do cuidado, da atenção ativa, da clareza com sensibilidade e senso de humor.
O amor dos beijos, mas também do espaço, o amor da construção, com toques do inesperado e do não planejado.
Uma matemática estranhamente combinada, um formato que nunca tinha visto antes. É estranho como um porto pode ser identificado tão descarada e rapidamente, enquanto esse poço de segurança e tranquilidade.
É bom sentir esse útero. E, me parece, que é a primeira vez que o estou sentindo. Um acalento profundo e envolvente. Tanto em comum que chega a dar desconfiança: será mesmo que isso é possível?

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