Entre la peur et la plénitude


Um balanço tênue e irremediável circundam o pavor e a plenitude.

É estranho saber que ser humano é fazer parte de uma catástrofe anunciada. Viver dias de gozo e dias de tristeza alternados parecem fazer parte da existência.

Senti hoje um aperto ao ir no supermercado, ao ler as notícias, ao saber que 40% dos brasileiros vivem em situação de risco alimentar.

Me sinto feliz com as coisas que conquistei, mas tão desesperada e triste pelo o que nos tornamos. Pelo o que colhemos enquanto humanidade desde o início dos tempos.

Me sinto afundada no meu próprio ser e na minha própria glória, comemorando meus esforços pequeninos no meio de um incêndio. Não tenho mais vontade de andar pela cidade ou de fazer as coisas do dia a dia. Parece que me acomodei na concha pequena e dura do isolamento e do fim em mim mesma.

Sou um grãozinho de areia num universo de dor.

Afinal, sou gente.

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