Le coeur est souverain



O coração tem sua própria ciência.
Eu sempre achei que podia domá-lo com estratégias racionais (que mudaram muito com o tempo), mas hoje entendo que talvez não adiante tanta coisa.
O coração sabe o que quer e o que precisa fazer para consegui-lo - a razão escolhe os artifícios "certos" e às vezes só o silencia mesmo.
A parte boa é que o coração é uma criancinha mimada: faz birra, mas muitas vezes se distrai com outra coisa e esquece sua fissura anterior.
O problema é que quando ele carrega consigo as dores do passado. Às vezes ele se livra delas (e, vejam só, sem a ajuda da razão), mas quando não consegue se livrar... aí o bicho pega.
As dores mais profundas tornam-se cicatrizes, feridas doloridas. A razão entra em cena, desesperada, pronta para curar tudo o que precisa curar e tenta artifícios tão malucos quanto a própria humanidade.
O coração, entretanto, sabe desde o início do que precisa. Nunca teve dúvidas, sempre esteve latente dentro dele.


[editado - 28/09/2019]
Às vezes a razão acha que sabe o que é melhor pro coração.
Ledo engano, tadinha.
Ela só posterga uma dor maior. Um acúmulo infindo.
Somos bichinhos cheios de instintos. O coração é um deles. E quando há dor, o instinto é se afastar.
A razão nos pede para ficar.
Sinto dor não só nos sentimentos, mas também nas escolhas.
Que mentira a razão.
Quero só me entregar aos sentimentos - mas, também
passionalmente
pra que tudo isso?

Commentaires

Posts les plus consultés de ce blog

Nous

Le coeur brisé

Adaptabilité