L'amour on the road


O amor na estrada tem manias engraçadas.
Como o revezamento de mamilos ao pobre coitado que pega a direção e tem as mãos ocupadas. Às vezes com a saliva seca e pura, outras com o gosto de cigarro, mas também acontece com a calda de morango do açaí de sete reais, já quase atropelando um burrinho serelepe solto durante nossas lambanças de mucosas.
O chacoalhar nos estacionamentos universitários e as dores nas juntas dos agachamentos contínuos em posições pitorescas, como conclusão inesperada, gastam os amortecedores nas quicadas pulsantes prensadas a frio - como o suor - de nervosismo tesalucinante nos dias quentes das tardes sem fim.
De putaria clássica, a rápida punheta despretenciosa que surpreendentemente (ninguém esperava!) vira uma sucção demorada e ansiosa entre passadas de marcha na BR 101.
Nas paradas necessárias, rápidas inserções manuais em canais vaginas e esfíncteres. Com areia quando necessário pela textura tesão-contínuo nas paredes vascularizadas.
Mucosa com mucosa se encontram rapidamente em momentos de tensão e demoradamente quando relaxadas. Como quando goza-se entre chupadas na sala de estar de um amigo que gentilmente cede a casa para forasteiros despreocupados.
Dos flagras existenciais apenas o momento de nudez-encaixe e entre-dedadas-matinais num quarto emprestado; uma bunda de fora sem muito contexto aparente.
Sem perder o costume, a última aventura louco expositiva - até agora - foi numa amarração com canga de praia e uma gozada goela abaixo em uma trilha (quase que movimentada) prestes a terminar numa terça feira antes do deitar do sol.
Tudo isso para explicar que no tic tac das paixões ligeiras de um horizonte sem muitas perspectivas é nas sacanagens descoladas da realidade-moral-descrente-de-doçura que nasce a parte mais gostosa do amor viageiro: a aventura dos caminhos salivares, a lubrificação dos freios por corrimentos vaginais, os gemidos de nervosismo safo silenciados com cândida grosseria por dedos sujos de graxa, a masturbação embalada por entupimentos auto-motores e a queimação dos pneus abafando os cheiros genitais.
O amor na estrada tem manias engraçadas.

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