L'amour libre



Ultimamente eu tenho voltado a escutar o termo amor livre por aí. Todo mundo falando sobre infidelidade, descomprometimento, etc.
No início da minha adolescência eu me deparei com essa expressão e achei fantástica: "Sim! Somos livres para amar, em todos os aspectos, e isso é incrível!", pensei. A pauta do amor livre não foi verdadeiramente discutida nessa época, mas eu sempre tive um sentimento de carinho pela expressão.
Nesses últimos tempos - onde todo mundo têm falado de amor livre - seu sentido vem atrelado sempre aos aspectos que citei no início: descomprometimento, infidelidade, traição e "pegar geral". Foi meio assustador quando me apresentaram essa visão do amor livre; logo ele, que era tão amigável há uns anos atrás!
Parei pra pensar sobre isso um pouco, de como as palavras carregam um peso tão grande e às vezes só por serem mal empregadas. Pra mim, amor livre foi, e ainda é, liberdade para amar (tal como o próprio termo já sugere) e liberdade significa poder de escolha, é seguir o que se sente. Pra mim o amor livre pode ser poligâmico, monogâmico, heterossexual, homossexual, pansexual, pode ser travestido, invertido, aberto, fechado, colorido, preto e branco e de cabeça pra baixo. Isso é o fantástico do amor livre! Não se prender a morais, não ir contra o que você sente, respeitar seu corpo, respeitar a pessoa com a qual você se envolve. O amor não deve ter rótulos: cada um ama da maneira que pode e que lhe satisfaz.
Amar livremente não necessariamente implica em se envolver com várias pessoas ao mesmo tempo; a monogamia também pode ser amor livre. O importante é que a escolha que se faz é livre porque é sua, vem de dentro, traduz o que se sente e todo o tipo de amor é válido quando verdadeiro.
O amor não tem regra, não tem script nem garantia. A garantia que fazemos é de vivermos bem conosco, com quem amamos e com nossas escolhas; não há melhor garantia do que a felicidade.
Amar livremente é viver intensamente. E que mais nos resta nessa vida do que sermos felizes?

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