Courbes



Eu queria abrir as portas do mundo, assim, de peito aberto. Nú e fraco.
Na verdade tem uma porção de coisas que eu queria fazer.
Mas assim, exposta por completo, sem essas corridas interpessoais (por mais que ainda existam), sem uma vontade súbita de que os outros mudem, mas sim de que a mudança seja em você.
Não tem modo de falar, não tem delicadeza, amabilidade, afeto que possa mudar isso. Simplicidade e clareza, assim bruta, sem esses rodeios que tiram de foco movimentos que sempre foram retilíneos.
Puxa! Mas eu sempre gostei de curvas.
Curvas no cabelo, curvas na pele, curvas nos dedos. Curvas no papel, curvas no ar, curvas na água.
Tem, dentro de mim, esse desapego fatal, essa fome insaciável, essas palavras contidas. Mas todos curvilínios.
E quem melhor que eu pra com simplicidade, clareza e brutalidade pôr dentro do seu ser meus devaneios em espirais?

Commentaires

alexandre a dit…
Ando numa angústia, tem uma coisa me esmagando. Eu me peço para fazer alguma coisa, tem algo que eu quero, mas não sei o que é; Como sentir aquela vontade de querer comer alguma coisa. Alguma coisa, mas o que?

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